O Museu da Imagem e do Som (MIS) inaugurou, no último sábado, dia 9, a exposição "1932: Revolução, Constituição e Cidadania - A força de um ideal", referente ao movimento instalado há 90 anos e que teve sua data de início estabelecida como feriado no estado de São Paulo, em 9 de julho.
A Revolução teve início no centro de São Paulo, mais exatamente na rua Barão de Itapetininga, esquina com a praça da República. Alí, na noite de 23 de maio de 1932, uma troca de tiros entre estudantes que se opunham ao governo de Getúlio Vargas e militantes alinhados ao presidente gaúcho resultou na morte de 13 pessoas e dezenas de feridos.
Quatro desses mortos ganharam notoriedade. O auxiliar de escritório Euclides Miragaia, o comerciário Antônio Américo Camargo Andrade e o fazendeiro Mário Martins de Almeida caíram em meio aostiroteio. Atingido por uma bala, o ajudante de farmácia Dráusio Marcondes de Sousa, de 14 anos, morreu alguns dias depois. Desse episódio, surgiu o acrônimo MMDC, que hoje ilustra o monumento à Revolução, no Parque do Ibirapuera, e dá nome a diversas ruas da capital e do interior do Estado.
Com o objetivo de recuperar essa história e proporcionar uma experiência imersiva aos visitantes, a exposição conta com peças e cenários recriados a partir de pesquisas e fotos, que ilustram o panorama brasileiro e mundial na década de 1930.
O visitante terá a oportunidade de vivenciar tudo o que ocasionou o conflito até seus desdobramentos históricos, tecnológicos e políticos gerados pelo movimento Constitucionalista - o objetivo da exposição é tornar o assunto mais acessível para o público, segundo a proposta do MIS.
O público poderá conferir itens históricos originais, fotografias, instalações e textos que ajudam na compreensão de questões da época. A mostra, que ocupa parte do espaço expositivo do 2º andar do prédio, vai até o dia 11 de setembro, é gratuita e tem classificação livre. O Museu da Imagem e do Som fica na avenida Europa, 158, no Jardim Europa, zona sul da capital paulista.