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Empresas brasileiras ainda não captaram todo o poder do 5G, diz IDC

Empresas brasileiras ainda não captaram todo o poder do 5G, diz IDC

Aplicações em inteligência artificial, internet das coisas, computação em nuvem, big data e cibersegurança ainda parecem fora do radar da maior parte dos executivos das empresas entrevistadas.

A falta de entendimento sobre o real potencial do 5G pode gerar uma grande limitação às companhias nas oportunidades de evolução desse novo sistema digital no Brasil. A conclusão é de um estudo da consultoria IDC, que apresenta as percepções das empresas sobre a chegada da rede de quinta geração de internet móvel no país.


Segundo dados do levantamento, mais de 80% das empresas brasileiras vislumbram somente oportunidades de conectividade, que é uma pequena parte do poder transformacional do 5G, segundo a pesquisa, divulgada esta semana pela newsletter Noomis, da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

O gerente de Pesquisa e Consultoria em Telecomunicações da IDC Brasil, Luciano Saboia, comenta que as alternativas de solução de conectividade sem fio de quinta geração podem suportar os desafios modernos de aumentar a densidade de tráfego de dados dos dispositivos, reduzir as despesas operacionais com a automação, melhorar a confiabilidade das informações, reduzir a latência para aprimorar a experiência do cliente e proporcionar inovações de serviços, entre outros. "Porém, percebemos que ainda estamos distantes dessa maturidade", pondera.

A pesquisa do IDC indica que, quando questionados sobre os principais benefícios que os dispositivos trarão para os negócios, 88% dos entrevistados concordam que o 5G será importante para conectar dispositivos e 80% dizem que será usado para conectar os escritórios, demonstrando a valorização da mobilidade no ambiente de trabalho nos dias atuais.

Outros 61% dos entrevistados afirmaram que a nova tecnologia será importante para descentralizar data storage e aplicativos; e 59% disseram que servirá para facilitar o streaming de vídeos em HD. Com percentuais menores, aparecem controle de robôs e equipamentos autônomos (29%), assinatura digital (25%), gerenciamento e monitoramento remoto de pacientes (12%) e conexão de veículos (4%).

Segundo dados do mesmo IDC, divulgados em fevereiro deste ano, a implantação do sistema 5G deve gerar investimentos de US$ 25,5 bilhões, até 2025. As áreas contempladas - algumas não citadas pelos executivos ouvidos na mais recente pesquisa - são: inteligência artificial, internet das coisas, computação em nuvem, big data e cibersegurança.

No mercado geral de tecnologia e telecomunicações, o país deve crescer 8,2% em 2022. Somente em serviços de tecnologia, excluindo hardware e software, o mercado tem projeção de crescimento de 6,7%, ou cerca de US$ 44 bilhões.