Bancos centrais confirmam previsões das taxas de juros no Brasil e EUA

Bancos centrais confirmam previsões das taxas de juros no Brasil e EUA

Como era esperado para a Super Quarta das decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, o Federal Reserve anunciou a elevação dos juros em 0,75%, para uma faixa de 1,5% a 1,75%. Este foi o maior aumento já divulgado desde 1994, e ocorreu devido aos temores de que a inflação possa disparar no país.

Os membros da autoridade monetária norte-americana preveem que a taxa de juros, na mediana, irá encerrar 2022 a 3,4%, bem diferente da média de 1,9%, feita em março. O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que o Fomc deve elevar as taxas em 0,50% ou 0,50% em julho, mantendo assim as projeções de que possa ocorrer uma alta igual a desta quarta-feira.

Antes da fala de Powell, o Morgan Stanley já anunciava sua avaliação sobre a decisão do Banco Central norte-americano, prevendo uma taxa de juros por volta dos 4% até o fim de 2022.

No Brasil, a decisão só saiu no início da noite desta quarta-feira. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central também confirmou as previsões dos analistas ao elevar a taxa Selic em 0,50%, passando de 12,75% para 13,25%. Com isso, a taxa básica de juros atingiu o seu maior patamar desde dezembro de 2016, sofrendo uma alta pela 11ª vez consecutiva.

Premido entre os dois anúncios, nos EUA e no Brasil, o Ibovespa oscilou durante a jornada e fechou em alta de 0,73%, aos 102.807 pontos, no primeiro dia positivo após oito pregões corridos de perdas generalizadas. Já o dólar sofreu forte correção de 2,07%, passando a valer R$ 5,03. O Bitcoin, que vive o seu inferno astral no mercado das criptomoedas, caiu mais 2,19%, aumentando as perdas de seus investidores para cerca de 37%, apenas no mês de junho.