O Bitcoin, mais famosa criptomoeda do mercado mundial, apresenta perdas de 35% esta semana, e segue em queda livre nesta quarta-feira, dia 15, segundo informações das principais agências de notícias. Pela manhã, o valor da cripto era de US$ 20.237, tendo perdido 9,4% apenas nas últimas 24 horas. A reunião do Fed, com os investidores de olho em um aumento de 0,75 ponto percentual na taxa de juros dos Estados Unidos, está claramente influenciando na postura do mercado, que neste momento foge de ativos de alto risco.
No caso das criptomoedas e particularmente do Bitcoin, porém, o buraco é mais embaixo. No início da semana, o Celsius, um credor de moedas digitais, anunciou a suspensão dos saques por uma crise de liquidez. Em seguida, foi a vez do fundo Three Arrows Capital (3AC), um dos maiores investidores de ativos de finanças descentralizadas (DeFi), que viu seu fundador, Zhu Su, divulgar um twitter revelando que havia reduzido sua exposição em criptoativos e que estava cuidando de resolver o caso, sem dar maiores explicações aos seus clientes. A empresa administrava aproximadamente US$ 10 bilhões em ativos.
A 3AC tinha participado de rodadas de investimento do falido projeto Terra (Luna), e começou a liquidar posições e tomar o prejuízo multimilionário para evitar perdas maiores, em meio a uma crise envolvendo um token chamado stETH, derivativo do Ethereum (ETH).. Essa nova moeda tinha paridade com a segunda maior cripto do mercado, mas começou a ser negociada bem abaixo de 1 ETH nos últimos dias.
Diante dessas ocorrências envolvendo 3AC, Celsius e Terra, investidores de todo o mundo receiam que uma crise sistêmica no mercado de criptomoedas seja um fato consumado, levando analistas e traders a acreditarem que o Bitcoin pode recuar ainda mais e perder rapidamente o suporte em US$ 19 mil, levando o preço da criptomoeda para patamares de 2017. O valor total de mercado das criptomoedas rastreadas pela CoinGecko caiu para US$ 944 bilhões, de US$ 3 trilhões em novembro.
