Puxado pela alta dos preços dos combustíveis e de alguns preços como de alimentos, saúde e cuidados pessoais, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, alcançou 1,06% em abril, conforme divulgou nesta quarta-feira, dia 11, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice de 1,06% representa a maior taxa para o mês de abril desde 1996. E vem acima da expectativa do consenso do mercado (1,00%). Apesar de ter desacelerado frente ao resultado de março (1,62%), o resultado faz a inflação saltar para 12,13% no acumulado de 12 meses; acima, portanto, dos 11,30% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. No ano, já acumula 4,29%.
A XP destaca, em informação divulgada em seu site InfoMoney, que a projeção de alta de 7,4% para o IPCA de 2022 está claramente inclinada para cima e caso alguns riscos se materializem (como parece acontecer), a inflação ao consumidor ficaria entre 9,0% e 9,5% neste final de ano. Por exemplo, atualmente a XP espera inflação de 7,5% para bens industrializados em 2022, após subir 12,1% em 2021.
No entanto, mais interrupções na cadeia de suprimentos, causadas pela "política de zero Covid" na China e uma guerra prolongada na Ucrânia acarretam riscos adicionais. A inflação de bens industriais pode chegar a 10% este ano, somando 70 pontos-base à expectativa da XP para o IPCA de 2022.