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La Fiorentina, um restaurante carioca que renasceu na pandemia

La Fiorentina, um restaurante carioca que renasceu na pandemia

Fechado durante cinco meses em 2021 por conta da pandemia da Covid-19, o restaurante La Fiorentina, localizado no Leme, na zona sul do Rio, luta para manter sua tradição de reduto gastronômico e cultural da cidade. O fundador, e até então único dono do restaurante, Omar "Catito" Peres, decidiu reabrir a casa em agosto do ano passado, após ter fechado pela primeira vez em 2020. Depois de algumas idas e vindas, optou por procurar novos investidores e apostar na retomada da economia no pós-pandemia.




"Com essa melhora que estamos sentindo no mercado a gente decidiu reabrir. A Fiorentina não é só um restaurante. É uma referência cultural da cidade. É um local de encontro de artistas, intelectuais e do público que frequenta há gerações a Fiorentina. Esse público é muito fiel e eles vieram pedir pela reabertura", contou Catito em entrevista ao jornal O Globo. Ele encontrou uma dupla de sócios apaixonada pelo local e por tudo que representa o La Fiorentina para o Rio. A casa agora conta com a participação do empresário Delorme Lima e do produtor cultural Caio Bucker.

Outra boa notícia: há poucos meses, o La Fiorentina foi incluído pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) na relação de bens imateriais da cidade e no Cadastro dos Negócios Tradicionais e Notáveis. Desde então, qualquer modificação no negócio precisa passar pelo aval do patrimônio. Esse decreto também permite que o município busque incentivos para conservação das características do ambiente e manutenção das atividades da casa.



Esse foi o primeiro ato de reconhecimento público do local. A segunda medida ainda está em tramitação na Câmara de Vereadores do Rio. A vereadora Monica Benicio (Psol) deu entrada no projeto de lei que pede o tombamento do restaurante.

Fundado em 1957, o La Fiorentina logo passou a reunir reunir artistas e celebridades, que iam jantar e relaxar após as apresentações nos teatros e casas de show. Isso numa época em que florescia o movimento da bossa nova, justamente naquela região de Leme, Leblon, Ipanema e Copacabana. Não por acaso, paredes e pilastras do salão são decoradas com autógrafos e fotos de atores, músicos, jornalistas, escritores, artistas plásticos. Sem falar no extenso cardápio, onde as estrelas emprestam seus nomes para os principais pratos.