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WhatsApp, Facebook e Instagram caem; bolsas acompanham

WhatsApp, Facebook e Instagram caem; bolsas acompanham

Uma queda dos sistemas do Facebook, WhatsApp e Instagram causou nesta terça-feira, dia 4/10, a interrupção da troca de informações, serviços financeiros e comerciais fornecidos por esses App em diversos países. Os aplicativos saíram do ar por volta do meio-dia (horário Brasília), causando uma enorme paralisação de comunicação que se estendeu até o início da noite do mesmo dia. Somente após às 19 horas é que o Facebook e o Instagram começaram a normalizar o tráfego de informações. Já o WhatsApp, retomou o funcionamento perto das 20 horas.

Na mesma noite, o Facebook divulgou comunicado informando que o apagão global em seus aplicativos foi causado por um erro ocorrido durante uma mudança em suas configurações, confirmando assim que a falha teve origens internas. Ainda segundo o comunicado, a falha ocorreu durante uma mudança numa estrutura que coordena o tráfego entre seus centros de dados, o que gerou um efeito cascata que interrompeu as comunicações. O Facebook informou que não há evidência de vazamento de dados durante o apagão, mas não divulgou quantos dos mais de 2,7 bilhões de usuários dos três aplicativos foram afetados, segundo o site UOL.

Com os aplicativos cada vez mais completos e utilizados para finalidades que vão do lazer até trabalho, a falha em seus sistemas deixou milhões de pessoas na mão em todo o mundo. Ainda mais que um deles, o WhatsApp, é utilizado em vendas e também, já há alguns meses, para efetuar transferências monetárias, nos moldes do que é feito por PayPal, Pic Pay e PagSeguro.

Foram registradas descontinuidade das operações, além do Brasil, em Portugal, Reino Unido, Índia e Estados Unidos. O assunto foi rapidamente para os trend topics do Twitter, seguido pelo uso do aplicativo concorrente, o Telegram, e por fim o nome do presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo.

A Nasdaq, bolsa norte-americana das empresas de tecnologia, acusou o golpe, com o índice caindo 2,38%. As ações do Facebook caíram mais de 5,00%, mas não foram sozinhas. O próprio Twitter, que acabou de certa forma "encarregado" de noticiar os problemas, também viu seus papéis caírem mais de 5,00%. As units de Apple, Microsoft, Amazon e Alphabet (Google), baixaram na ordem de 2,00%, conforme informou o site InfoMoney. Em São Paulo, a B3 também acusou o golpe, fechando com queda de 2,22%.

Segundo o New York Times, um ataque hacker foi descartado, depois que o jornal ouviu fontes do departamento de segurança do Facebook que pediram para não serem identificados. Outro jornal, o Financial Times, destacou que o apagão aconteceu um dia antes de uma funcionária do Facebook testemunhar no Senado norte-americano. Frances Haugen fez denúncias e forneceu documentos internos da empresa. Com eles, o NYT levantou e concluiu que, desde 2019, o Facebook tinha ciência de que o Instagram era potencialmente danoso para a saúde mental de meninas adolescentes. Outra acusação: o aplicativo de uso mundial sempre colocou o lucro acima da segurança dos usuários e do combate aos discursos de ódio, violência e desinformação, enganando assim a todos que usam o aplicativo.

Além do Twitter, outras redes de comunicação que não sofreram interrupções, embora tenham apresentado alguma instabilidade, foram o Telegram e o TikTok. O Linkedin, rede mundial mais usada pelo mundo corporativo, funcionou sem interrupções, assim como o "velho" e-mail, que nesta quarta-feira teve muita serventia para trocas de mensagens.

WhatsApp, Instagram e Facebook são os únicos aplicativos presentes nas telas de mais de 30% dos smartphones brasileiros, segundo a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre uso de apps no Brasil: WhatsApp (56%), Instagram (41%) e Facebook (41%). Sabe-se também que o WhatsApp está instalado em 99% dos smartphones brasileiros e o Instagram, em 82%, de acordo com pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre mensageria móvel, conforme dados divulgados pelo site Mobile Time.