Imagem: Facebook/ MRS Logística
CSN Cimentos quer recursos de IPO e venda de ativos como MRS

CSN Cimentos quer recursos de IPO e venda de ativos como MRS

Com a compra da LafargeHolcim, anunciada na última sexta-feira, 10/09, por US$ 1.025 bilhão, a CSN Cimentos deverá retomar seu processo de IPO na B3 e planejar a venda de alguns ativos. Na mira, a participação da empresa e da holding CSN na MRS Logística.

Segundo informou a Bloomberg, o processo de IPO, adiado desde julho, será retomado agora com a empresa robustecida pela compra da concorrente, o que aumentará sua capacidade produtiva em 10,3 milhões de toneladas/ano, alcançando a partir de agora 16,3 milhões de toneladas de cimento por ano.

O adiamento, anunciado à época como estratégico para aguardar um período de menor turbulência no mercado, na verdade já previa a aquisição da cimenteira franco-suiça. Com a aquisição, a CSN Cimentos tornou-se a terceira maior companhia do setor no País, atrás apenas da Votorantim Cimentos e da InterCement.

Os recursos auferidos com a oferta pública inicial podem movimentar cerca de US$ 3 bilhões para a empresa, e seriam utilizados para pagar metade da aquisição feita junto à LafargeHolcim. A outra metade viria de empréstimos contraídos junto ao mercado, de acordo com a Bloomberg, que obteve as informações como Marcelo Ribeiro, chief financial officer da CSN.

A Companhia Siderúrgica Nacional e sua subsidiária CSN Cimentos também consideram a venda de alguns ativos como a participação de cerca de 38% que as duas empresas têm juntas na MRS Logística. A companhia é uma das concessionárias que atuam no transporte ferroviário de cargas no Brasil, e que opera a chamada Malha Regional Sudeste da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA) nas regiões de São Paulo e Minas Gerais.

Listada na B3 (MRSA3B, MRSA5B MRSA6B), a MRS Logística tem como acionistas, além de CSN e CSN Cimentos, a Gerdau, a Vale, a Usiminas e a Minerações Brasileiras Reunidas (MBR).