Telefonia móvel receberá investimentos de R$ 147 bi em 20 anos

Telefonia móvel receberá investimentos de R$ 147 bi em 20 anos

A quinta geração de tecnologia para redes móveis e de banda larga, que as operadoras de telefonia celular pretendem oferecer a partir de 2022 aos brasileiros, promete ser o maior investimento de todo setor produtivo visto no País nos próximos 20 anos. É a telefonia 5G, que começou a ser implantada experimentalmente no fim de 2018 mas que ainda depende de investimentos e regulamentação para ser utilizada em sua plenitude.

Um projeto estimado em R$ 147 bilhões para os próximos 20 anos, calcula Leonardo Euler, presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Recursos que serão direcionados para o desenvolvimento de infraestrutura de conectividade digital no Brasil.



Leonardo Euler - Divulgação

Euler participou de uma sessão promovida pela Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) do Senado Federal, na última segunda-feira, dia 30/08. Segundo ele, os investimentos serão decorrentes da atratividade das faixas do 5G, além daqueles demandados como contrapartida, informou ao site Mobile Time.

O 5G é o sucessor das redes 4G, que fornecem atualmente conectividade para a maioria dos dispositivos móveis em uso. É uma conexão de internet móvel mais rápida, ágil e econômica, que vai acelerar a utilização de dispositivos para transportes, telemedicina e educação, para citar apenas três empregos da nova tecnologia.

A empresa que fará a implantação da tecnologia será conhecida em leilão organizado e promovido pela Anatel. Antes dessa venda em hasta pública, o projeto, que acaba de passar por análise do Tribunal de Contas da União, sofrerá ajustes solicitados pelo TCU junto à Anatel, que logo em seguida fará o anúncio do leilão.

Uma das obrigações no edital é que o 5G no Brasil esteja funcionando em todas as capitais. O 5G standalone, que é o 5G plus, de maior qualidade, até junho do ano que vem. A partir de junho de 2022, o processo deverá ter disponível, nas 27 capitais, o 5G puro funcionando e, antes disso, a solução híbrida, que é o 5G standalone - um 5G que aumenta a velocidade, conforme informações do site do Ministério das Comunicações.

Na revisão solicitada pelo TCU, a principal alteração foi a inclusão da obrigatoriedade de levar conectividade a todas as escolas públicas até 2024. Essa contrapartida foi estabelecida para as operadoras que arrematarem a faixa de 26GHz, única que não contava com exigências de investimentos na primeira versão do edital.

As empresas que devem se manifestar pela aquisição serão provavelmente as três maiores operadoras do País - Vivo, Claro e TIM -, uma vez que a Oi foi recentemente vendida para essas três concorrentes. A previsão é de que a venda ocorra em outubro e movimente algo em torno de R$ 44 bilhões, segundo o site Tecmundo.