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Após uma semana de alta, o que esperar da bolsa?

Após uma semana de alta, o que esperar da bolsa?

Com o fechamento de sexta-feira passada em alta de 1,65%, a semana terminou com o Ibovespa registrando ganhos de 2,20%, e o índice de volta ao patamar dos 120 mil pontos. Um desempenho que se mostrou robusto, se considerar que no plano internacional, a semana teve o grave atentado no aeroporto de Cabul, no conflagrado Afeganistão; e prosseguiram as crises internas no Brasil motivadas por desentendimentos do poder executivo com o legislativo e o judiciário.

O que os analistas aguardam é como o mercado vai se comportar de agora em diante. A resposta, não demora, pois já nesta segunda-feira a B3 retoma o expediente normal para mostrar os fatos e os números do mercado. A dúvida que paira no ar é se essa recuperação vista na semana passada, e ensaiada na semana anterior também, é resultado de um movimento técnico de correção dos índices ou uma nova maré de valorização dos papéis do Ibovespa?

Os investidores torcem, é claro, por um cenário de retomada dos ganhos, como aqueles 130.776 pontos atingidos no início de junho, mantendo-se depois entre os 125 mil e os 130 mil pontos. Até que, entre a segunda quinzena de julho e a entrada no mês de agosto, foram dias e dias de baixas consecutivas que podem até ter comprometido as performances de alguns IPOs registrados no período, devido aos humores do mercado.

De qualquer maneira, a semana promete, aguardando-se os rumos que o governo federal tomará para conter a crise hídrica, já anunciada como a mais grave em décadas e que pode comprometer o desempenho da indústria neste segundo semestre em marcha. O calendário econômico da semana terá a divulgação, na terça-feira, dia 31, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), referente a junho, sendo que a taxa de desemprego ficou estável na medição do mês anterior (14,6%).

Na quarta-feira, dia 1° de setembro, acontecerá a apresentação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, que deve ter um crescimento de 0,2%, de acordo com economistas consultados pela Refinitv. Nos três primeiros meses do ano, foi registrada uma alta de 1,2% no PIB - número que agradou o mercado.

A produção industrial do mês de julho será a novidade esperada para a quinta-feira, dia 2/09, com informações da atividade econômica e do ritmo de recuperação da indústria no País. Ainda na semana, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulga as sondagens de comércio, serviço, consumidor e indústria relativas a agosto. Finalmente, haverá a divulgação do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de agosto.

No plano internacional, o destaque vai para os Estados Unidos onde, na quarta-feira, será divulgado o Relatório Nacional de Emprego de agosto, que mostra a criação de vagas no setor privado norte-americano. E, na sexta-feira, será a vez do relatório de emprego, o Payroll, um dos principais dados da economia dos EUA e que ajuda a nortear decisões da política monetária do Fed, o banco central americano. Entre os números que deverão ser apresentados, segundo a Refinitv, a taxa de desemprego deve cair de 5,4% em julho para 5,2% em agosto.

Resumindo, uma semana fundamental em termos de dados da economia nacional e internacional, que deverá refletir com muita ênfase nas performances da bolsa brasileira e também no movimento na Nyse e Nasdaq.