Imagem: Divulgação
Pfizer e Astrazeneca são eficazes no combate à variante Delta

Pfizer e Astrazeneca são eficazes no combate à variante Delta

É o que mostra estudo divulgado ontem pelo New England Journal of Medicine. Já a imunização da vacina Janssen pode requerer uma segunda dose para se tornar completa, alerta a Universidade de Nova York.

Estudo divulgado nesta quarta-feira, dia 22/07, pela revista científica New England Journal of Medicine, aponta que as aplicações de duas doses das vacinas Pfizer e Astrazeneca, passada a quinzena necessária para obter todo o efeito dos imunizantes, apresentam eficácia de 88% para a vacina norte-americana e de 67% para a vacina europeia.

A pesquisa também mostra que apenas uma dose da Pfizer foi 36% eficaz no combate aos casos sintomáticos da variante Delta, ou Indiana; enquanto que a Astrazeneca foi 30% eficaz. Uma das conclusões dos cientistas é sobre a importância de concluir o ciclo vacinal com as duas doses recomendadas pelos fabricantes.

O trabalho envolveu cerca de 19 mil pessoas no Reino Unido. Os pesquisadores não estimaram a eficácia dos imunizantes para casos graves e mortes. Mas, segundo outros dados obtidos em hospitais de campanha, há evidências de que as vacinas contra a Covid-19 também são eficazes para evitar óbitos e internações.

Em outro estudo divulgado esta semana, seus autores apontam para a eventual necessidade de segunda dose para a vacina da Janssen, atualmente aplicada em dose única em todo o mundo. Essa dose única pode ser menos eficaz contra as variantes Delta e Lambda do coronavírus, segundo a pesquisa produzida pela Universidade de Nova York (NYU) e cuja conclusão ainda não é consenso no ambiente científico.

A própria Johnson & Johnson, fabricante da Janssen, afirma que o seu imunizante mantém a eficácia contra a variante Delta com uma alteração não encarada como significativa. Assim, a dose única continua sendo o modelo de imunização indicado, com eficácia mantida até oito meses após a aplicação, segundo a farmacêutica.

Mas o estudo da NYU aponta para a necessidade da segunda dose da Janssen contra as novas variantes de Covid-19, o que se justifica pela menor capacidade de neutralização dos seus anticorpos em estudos in vitro, informação esta que se contrapõe ao divulgado pela própria fabricante.