Os outros membros do clube trilionário são Google, Amazon, Microsoft e Apple. A empresa de Mark Zuckerberg é a única entre elas fundada a partir do boom da internet, nos anos 2000
Beneficiada por uma decisão da corte norte-americana que demoveu ação judicial impetrada pela Comissão Federal de Comércio (FTC, em inglês), o Facebook atingiu na última segunda-feira, dia 28, uma avaliação de mercado equivalente a US$ 1 trilhão. Com o novo status, a maior plataforma de comunicação social do mundo ingressou no seleto 'clube do trilhão', formado por outros gigantes da tecnologia e comunicação como Google, Amazon, Microsoft e Apple. E o único, entre esses quatro, que foi fundado depois do ano 2000 (surgiu em 2004).
O Google, site de buscas mais famoso do mundo e pertencente à holding Alphabet, tem valor estimado em US$ 1,3 trilhão. Já Microsoft e Apple, que protagonizam uma disputa particular desde os anos 90, quando Bill Gates e Steve Jobs brigavam para conquistar o mercado com seus softwares e computadores pessoais, já alcançam a casa dos US$ 2 trilhões.
A ação judicial interposta pelo FTC se referia a um processo antitruste dessa comissão contra o Facebook, por esta empresa ter se tornado um monopólio das redes sociais ao comprar o WhatsApp, por US$ 19 bilhões; e o Instagram, por US$ 1 bilhão. Mas o Tribunal Distrital de Columbia entendeu que o órgão regulador não conseguiu provar que o Facebook havia de fato formado um monopólio. Com a notícia favorável, as ações do Facebook subiram 3%, o que 'empurrou' seu valor para o montante estimado de US$ 1 trilhão.
Com a liberação desse processo antitruste, o Facebook pode agora trabalhar com mais facilidade - para si mesmo e sobretudo para seus investidores na bolsa -com vistas a aperfeiçoar suas ferramentas e sites que estão sendo cada vez mais usados para o ambiente de trabalho e de educação, e não mais apenas em lazer e entretenimento.
O WhatApp acaba de liberar o uso de pagamentos em sua plataforma, o que o transforma de um simples endereço de mensageria para uma plataforma financeira fortíssima, com potenciais 2 bilhões de clientes (seu número de usuários), que passa a concorrer com Pay Pal, Pick Pay, Mercado Pago (Mercado Livre) e Pag Seguro, site brasileiro de pagamentos pertencente ao UOL.
Um páreo formado também por entrantes na categoria, como o uruguaio dLocal e o brasileiro Ebanx, além de outra plataforma de mensagens de alcance mundial, o Telegram, hoje com cerca de 500 milhões de usuários. O WhatApp está apostando muito nessa nova funcionalidade, tanto que acaba de lançar uma campanha mundial, com ênfase no mercado brasileiro, onde contratou como garoto-propaganda Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé.
Além de enfrentar uma concorrência de pesos-pesados, o Facebook terá outros desafios imediatos para resolver. Um deles, a ocorrência de fraudes e clonagem envolvendo suas plataformas, sobretudo agora que uma delas se torna serviço de meio de pagamentos. Um ponto em que o Telegram, ao menos para serviços de mensageria, tem se mostrado mais seguro.
Exemplo recente: a notícia veiculada neste IPO News sobre a clonagem de páginas de restaurantes e hotéis no Brasil, principalmente em São Paulo, envolvendo não apenas o WhatsApp como também o Instagram, numa operação conjugada de quadrilhas eletrônicas que vêm dando muita dor de cabeça aos donos desses negócios e a muitos clientes.
