Jornal norte-americano destaca as 500 mil mortes registradas no Brasil, com o vírus matando diariamente sete vezes mais pessoas "per capita" por dia do que na Índia.
O Wall Street Journal divulgou, em sua edição de ontem, 21/06, extensa reportagem mostrando alguns números estarrecedores da pandemia de Covid-19 na América do Sul, com mais um triste destaque do Brasil na imprensa internacional.
Segundo o principal jornal de finanças do mundo, enquanto o vírus se retrai na maior parte do planeta, a pandemia avança na América do Sul, que tem apenas cinco por cento da população mundial mas agora é palco de um quarto das mortes verificadas mundialmente.
Por esses e outros dados, a América do Sul é o "hot spot", ou o foco da crise atual da pandemia. E o Brasil, a locomotiva. Com mais de 500 mil mortes contabilizadas no final de semana, o País puxa a fila de um continente que atingiu um milhão de vítimas de um vírus que mata, só no Brasil, sete vezes mais pessoas "per capta" do que a Índia
Já Argentina e Colômbia, que juntas tem 95 milhões de habitantes, registram três vezes mais mortes diárias do que todo o continente africano. Dos 10 países ao redor do mundo que tem os maiores índices de mortes diárias, sete estão na América do Sul. Coletivamente, a região tem oito vezes mais mortes "per capita" do que todos as taxas mundiais.
Batendo recordes atrás de recordes, a América do Sul, em especial o Brasil, mostram seus dramas diários que não apenas os casos de mortes, mas também a desorganização do Ministério da Saúde e seguidos casos de corrupção.
O Estadão de hoje estampa a manchete da compra da vacina indiana Covaxin por preço 1.000% mais alto do que o estimado pelo próprio fabricante. Segundo o jornal, o contrato de aquisição do imunizante foi intermediado por empresa acusada de fraude; R$ 1,6 bilhão é o valor da compra de 20 milhões de doses.
Já na Folha de S. Paulo, o destaque vai para o anúncio de suspensão da vacinação hoje, na cidade de São Paulo. Devido à falta de estoques, a vacinação já tinha parado ontem, em mais de 300 postos da capital. De acordo com a colunista Mônica Bergamo, a Prefeitura de SP receberá hoje Coronavac para vacinar 181 pessoas de 49 anos amanhã, sendo que AstraZeneca chegará só para segunda dose e Janssen, apenas nos próximos dias.