Alter do Chão, o famoso Caribe brasileiro, por Yeda Saigh

Alter do Chão, o famoso Caribe brasileiro, por Yeda Saigh

Para chegarmos em Alter do Chão pegamos um avião para Santarém no Pará, com escala em Brasília.

Alter do Chão é uma vila da cidade de Santarém e está localizada às margens do Rio Tapajós, no meio da Floresta Amazônica. Você pode ir a Alter do Chão em barco a partir de Manaus ou Belém. O Aquífero Alter do Chão é localizado sob os estados do Pará, Amapá e Amazonas e é um dos maiores do mundo!


Alter do Chão - Ilha do Amor
Foto Yeda Saigh

Alter do Chão foi fundada 1626, era conhecida como Aldeia dos Boraris, em razão dos índios que viviam na região. Hoje cerca de 400 famílias, em sua maioria descendentes desses índios, residem em Alter. O vasto conhecimento dos materiais encontrados na floresta e técnicas de uso, fazem com que seus trabalhos artesanais sejam realmente únicos. O artesanato Borari desperta a curiosidade assim que é visto, pois traz à tona uma longa história, toda uma tradição transmitida de pai para filho desde muito antes da "descoberta do Brasil".



Alter do Chão - Ilha do Amor
Foto Yeda Saigh

Alter é o principal ponto turístico de Santarém, pois abriga a mais bonita praia de água doce do mundo segundo o jornal inglês The Guardian, ficando conhecida popularmente como Caribe Brasileiro.
Existe uma época certa para se conhecer Alter que é de agosto a dezembro (verão amazônico). No primeiro semestre do ano o rio Tapajós que contorna toda a vila, fica num nível tão alto que cobre todas as praias de Alter, mas no segundo semestre, o rio recua em torno de 100 metros, formando várias ilhas maravilhosas.
 
Hotel Beloalter, foi onde ficamos. O pessoal do hotel fez o transfer do aeroporto em um percurso de 30 minutos. O hotel está situado em uma das mais belas praias particulares do Lago Verde, a cerca de 1km da vila de Alter do Chão. É fácil chegar até a vila, por barco táxi, a remo, canoa, caiaque, ou simplesmente a pé pela estradinha, fazendo uma adorável caminhada pelas praias das margens do Lago Verde.


Hotel Beloalter Foto Yeda Saigh

Endereço - Rua Pedro Teixeira, 500 Tel - 93-35271230

Depois de fazer o check-in, fomos a pé até a vila de Alter. É uma vila de pescadores muito simples, com poucas ruas para se andar. Pode-se pegar pequenos barquinhos que levam da rua até a Ilha do Amor em minutos, que é o principal atrativo da vila.

Vila de Alter Pousada Boutique Amazônia, um novo conceito de hospedagem integrada à floresta, e batizou suas acomodações e espaços com nome de espécies da flora amazônica. São apenas seis habitações, com todo o conforto e luxo de um hotel. O café da manhã, servido na varanda dos bangalôs é muito simpático.

Endereço - Rua do Sol,282 - Alter do chão - Telefone (93) 99212-2338


Vila de Alter Pousada Boutique Amazônia - Foto Internet

A ilha é uma extensa faixa de areia de frente para o povoado que só pode ser visitado como dissemos de julho a dezembro. É um espetáculo da natureza quando a Ilha reaparece em meio ao Rio Tapajós. Nos demais meses essa ilha fica completamente submersa, devido as chuvas locais (inverno amazônico). Nela existem várias barracas de tira-gosto com cadeiras e mesinhas praticamente dentro do Tapajós.


Alter do Chão - Ilha do Amor
Foto Yeda Saigh

A água do rio é quente e doce, sendo que junto ao calor local é um convite para um banho delicioso de rio. Os demais passeios são pelos igarapés, rios e lagos da região.

No dia seguinte saímos com um barqueiro, que nos levou pelo lago Verde e até o lago Encantado. O tour é um passeio de canoa, ou catraca como é conhecido por aqui, que lentamente navega no labirinto formado pela vegetação, parte submersa e parte sobre as águas. O fenômeno acontece com as cheias dos rios da região.


Passeio na Floresta Encantada
Foto Yeda Saigh

A Floresta Encantada é uma mata de igapó, e é um dos passeios mais belos, um roteiro de ecoturismo indispensável para quem visitar Alter do Chão.

Continuamos pelo lago Jurujuba que vai do Tapajós até Pindobal. Lá, pegamos uma van e fomos até Belterra, cidade fundada por Henri Ford, construída em oito meses para o plantio de seringueiras.



Belterra
Foto Yeda Saigh

Visitamos o Centro de Memória de Belterra, onde numa aula aprendemos todas as histórias dessa cidade e suas vicissitudes. Conhecemos a Igreja de Santo Antônio que é linda.

Voltamos para almoçar em Pindobal, onde eu já havia escolhido um delicioso peixe, feito numa barraca de frente para o rio Tapajós, uma delícia!



Restaurante Pindobal
Foto Yeda Saigh

Voltamos para ver o por do sol na ponta do Curuípe e nadei no lago Verde, muito gostoso! Fomos para o centrinho a pé, 15 minutos do hotel, tomamos sorvete e assistimos a uma missa bonita, em que o padre colocou o altar virado para praça a fim de que todos pudessem assistir a missa; enceraram com um bingo.



Missa na Praça de Alter
Foto Yeda Saigh

Descobrimos uma loja de artesanato maravilhosa, Araribá Cultura Indígena, que representa o maior acervo de peças indígenas autênticas do Norte do Brasil. Com onze anos de existência, a loja reúne peças de mais de oitentas povos e é considerada a loja mais completa do ramo na região amazônica, segundo o guia internacional Lonely Planet. É de um paulista Marcelo, com 90 curadorias de tribos indígenas. Desde 1999, a loja Araribá vem trabalhando com a proposta de incentivar a produção artesanal indígena, acreditando ser esta a principal fonte geradora de desenvolvimento e sustentabilidade de muitas nações brasileiras.



Loja Araribá - Foto Internet

No dia seguinte saímos cedo de lancha para ir ver a lagoa das Vitorias régias, maravilhosa!


Lago de Vitórias Régias
Foto Yeda Saigh

Voltamos para pegar o avião rumo à Belém, no caminho para o aeroporto paramos para almoçar no restaurante Casa do Saulo, muito interessante e recomendado, no meio da Mata Atlântica. Enorme, decoração super bonita, lotado de gente, comida ótima!


Restaurante Casa do Saulo
Foto Yeda Saigh


Boa Viagem!!!