O técnico da seleção brasileira afirma que prefere focar nos próximos jogos das eliminatórias da Copa de 2022 antes de externar seu posicionamento sobre a Copa América | Imagem: Divulgação
Seleção Brasileira se junta a protestos contra Copa América

Seleção Brasileira se junta a protestos contra Copa América

Aquilo que políticos governistas e cartolas do futebol mais temiam aconteceu: jogadores da Seleção Brasileira, mais o treinador Tite, revoltaram-se com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, que, segundo noticiário da Folha de S. Paulo, foi inábil durante reunião com a equipe, na última quarta-feira, dia 2 de junho. Embora tenha sido avisado da insatisfação do elenco com a realização da Copa América, Caboclo pensou que conseguiria contornar facilmente o assunto. Pior: o dirigente tratou os jogadores como subordinados da seleção, conseguindo assim a proeza de aumentar a indignação do grupo.



Rogério Caboclo, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)

E não é só a realização da Copa América que irritou atletas e comissão técnica. A proximidade com as eliminatórias da Copa do Mundo, consideradas pelo grupo como prioridade, e também as exaustivas temporadas tanto de jogadores que atuam no Brasil como no exterior, fizeram aumentar o teor das críticas. A seleção estreia na Copa América no próximo dia 14 de junho, em jogo contra a Venezuela. Mas enfrenta o Equador nesta sexta, dia , em Porto Alegre, e daí vai para Assunção jogar contra o Paraguai na próxima terça-feira, dia 8 de junho.

Segundo a coluna do editor Robson Morelli, do Estadão, atletas e o técnico combinaram de se manter em silêncio, para só externar suas opiniões depois da segunda partida das eliminatórias, contra o Paraguai. O que deve vir pela frente é o pedido de dispensa de muitos atletas. Por enquanto, não querem falar sobre o assunto - todas as entrevistas de jogadores na semana foram canceladas. Tite e o coordenador Juninho Paulista estão fechados com o grupo. A prioridade acertada entre eles é cumprir a missão e passar nas eliminatórias.


Suárez: "Tem que priorizar a saúde"

Nas outras seleções, a revolta de muitos jogadores também é patente. Os uruguaios Suárez e Viña foram os primeiros a se manifestar. O argentino Sérgio Aguero e o técnico Ricardo Gareca, do Peru, que já trabalhou no Palmeiras, também se manifestaram contra a Copa América. Há rumores, de acordo com a Folha, que Lionel Messi teria dito ao presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), Claudio Tapia, que jogar a copa seria inconveniente.


Messi; "jogar a copa seria inconveniente"

Com tantas personalidades do mundo esportivo envolvidas no tema, fica evidente que muita polêmica e discussão ainda vai rolar até terça que vem, data anunciada por jogadores e comissão técnica da Seleção Brasileira para se pronunciar. Até lá, haverá uma guerra de bastidores e de declarações à imprensa que deve esquentar na medida em que se aproxima a polêmica Copa.