A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou ontem (terça-feira), a aprovação do uso emergencial da vacina Coronavac, produzida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, de São Paulo. A aprovação confere um novo status para a produto, um dos precursores mundiais no combate à pandemia de Covid-19, e que agora poderá ser integrado ao consórcio Covax Facility, pelo qual o Brasil recebe hoje doses da Pfizer e Astrazeneca. A lista de emergência da OMS, segundo o jornal Estadão, é um pré-requisito para o fornecimento de vacinas pelo consórcio e para as negociações internacionais.

A aprovação por parte da OMC abre caminho, entre outros pontos, para que a Comunidade Europeia e os Estados Unidos passem a aceitar a entrada de brasileiros, a partir da liberação das fronteiras que vem acontecendo gradualmente nos países da comunidade e nos EUA.

Com esse importante movimento da OMC, a China não perde tempo e passa a reivindicar um novo status, um papel de liderança no processo mundial de combate à pandemia, conforme publicou hoje a Folha de S. Paulo. "Essas duas vacinas, a Sinovac e a Sinopharm, também aprovada, são as mais aplicadas no mundo, sobretudo em países em desenvolvimento. São o símbolo da China na linha de frente da luta global contra a pandemia", destacou o Global Times, um dos mais importantes jornais chineses.