Plataforma de carregamento dos caminhões da distribuidora Raízen, em São Paulo; empresa pode atingir um valor de mercado de até R$ 100 bilhões em seu IPO | Imagem: Eduardo Knapp/Folhapress
Raízen pode levantar até R$ 13 bilhões em IPO

Raízen pode levantar até R$ 13 bilhões em IPO

Empresa é a maior produtora mundial de açúcar e a quarta maior brasileira por receita líquida

SÃO PAULO | REUTERS

A Raízen, joint venture entre a Cosan e a Royal Dutch Shell, escolheu os bancos de investimento do BTG Pactual, Bank of America, Citi e Credit Suisse como coordenadores de seu IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês).

O IPO da Raízen deve ser um dos maiores do ano e levantar até R$ 13 bilhões, segundo envolvidos na oferta.

A Raízen, que já é a maior produtora mundial de açúcar, também controla uma das maiores redes de postos de gasolina do país e é a quarta maior empresa do Brasil por receita líquida, que chegou a R$ 120,5 bilhões em 2019. Fica atrás apenas de Petrobras, Vale e JBS.

Procurados pela agência de notícias Reuters, a Raízen e os bancos não comentaram o assunto.

A Raízen pretende fazer a listagem apenas no Brasil, segundo uma das fontes, e espera fazer a transação entre junho e julho, usando números do balanço do primeiro trimestre.

Os quatro bancos de investimento escolhidos pela companhia serão os principais bancos, mas o sindicato deve ter também outras instituições ajudando na distribuição. Os outros bancos devem ser definidos nesta semana.

Segundo participantes da oferta, a Raízen pode atingir um valor de mercado de até R$ 100 bilhões.

A joint venture comprou recentemente a Biosev SA, unidade de açúcar e álcool do grupo Louis Dreyfus, num negócio que será pago em dinheiro e ações.

Como parte do negócio, os acionistas da Biosev receberão 3,5% das ações preferenciais da Raízen, mais 1,49% de ações resgatáveis.

A Raízen é uma das interessadas na compra de refinarias que a estatal Petrobras colocou à venda. A empresa entregou oferta pela refinaria Repar, do Estado do Paraná. Mas o processo foi cancelado e a Petrobras pretende relançá-lo em breve.

Folha de S.Paulo