Neymar durante a derrota do Santos para o Flamengo, no Maracanã Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF |
Neymar mostra contra o Flamengo por que não pode ser convocado para seleção

Neymar mostra contra o Flamengo por que não pode ser convocado para seleção

Danilo Lavieri


Neymar mostrou hoje (9) na derrota do Santos por 3 a 2 para o Flamengo o motivo de não poder ser chamado por Carlo Ancelotti para a seleção brasileira. Para tê-lo em campo, a equipe precisa fazer concessões que não valem a pena. Não dá para imaginar esses luxos sendo permitidos na Amarelinha. E também não é à toa que o time melhorou muito com a saída dele.

Sem condições físicas de ser intenso por 90 minutos, ele só joga quando tem a bola nos pés. Hoje, o futebol não permite mais isso. Quando o Santos perdia a bola, Neymar não fazia qualquer menção de voltar para ajudar os companheiros. Era sempre o último homem e, na maioria das vezes, o único no campo de ataque e sem tentar atrapalhar as criações de jogada do Flamengo.

A situação só mudou ligeiramente quando o Flamengo já estava vencendo por 2 a 0, mas ainda muito abaixo do que os demais times fazem hoje em dia, apenas fazendo o "fantasma" na saída de bola dos zagueiros. A sua atuação fica ainda pior contra uma equipe como a rubro-negra, que só se incomoda com adversários que não permitem a posse de bola.

Com a bola, ele ainda é tecnicamente acima dos demais para armar o time, mas muito longe de ser realmente decisivo. Para ter um jogador como esse em campo, você precisa fazer os outros nove atletas de linha correrem muito mais para trás. Para que isso dê certo, o sacrifício precisa ser recompensado, mas isso ficou longe de acontecer.

Pior ainda é que Neymar dava chiliques e gesticulava reclamando com qualquer atleta que não tocava a bola para ele. É claro que isso gera insegurança nos demais nas tentativas. Tem como piorar: na entrevista do intervalo, teve a ousadia de dizer que o "Santos precisa dar mais a bola em mim no último terço, só assim para fazer gol".

O desgaste físico ficava ainda mais evidente conforme o tempo passava, até ele colocar uma cereja no bolo ao tentar um voleio e furar para o delírio das arquibancadas lotadas do Maracanã. Tem como piorar (2): teve a coragem de reclamar da substituição aos 40 minutos do 2º tempo e nem ficar no banco com os companheiros. Tem como piorar (3): o Santos conseguiu fazer dois gols após a saída dele.

No primeiro tempo, o Flamengo praticamente não deu trabalho a Brazão, mas conseguiu abrir o placar em bate-rebate na área com chute de Léo Pereira. Logo na volta do segundo tempo, Arrascaeta deu passe incrível para Carrascal fazer o segundo e a vitória ali estava definida e pouco afetada pelo pênalti perdido pelo uruguaio. Tanto que já nos últimos minutos, Bruno Henrique fez o terceiro. O Santos fez dois para dar um pouco de emoção nos minutos finais, mas ficou só no quase.

Uol
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