Raul Aguirre durante entrevista para podcast do Bahia - Foto: Reprodução/TV Bahêa |
CEO do Bahia diz que toda a dívida do clube está paga e projeta receita de R$ 400 milhões em 2025

CEO do Bahia diz que toda a dívida do clube está paga e projeta receita de R$ 400 milhões em 2025

Raul Aguirre explica situação econômica do Tricolor, sob gestão do Grupo City desde 2023: "Estamos mais ou menos um ano adiantado no projeto"


Por Redação do ge - Salvador

O Bahia faz parte do Grupo City, oficialmente, desde meados de 2023. Os últimos dois anos de administração foram suficientes para zerar a dívida de mais de R$ 300 milhões, segundo afirmou o CEO do clube Raul Aguirre em entrevista à TV Bahêa.

O Bahia, na verdade, para todo efeito prático já pagou toda a dívida que existia. O que falta a gente não pode pegar por questões burocráticas, alguma negociação que não encerrou. O grosso da dívida, mais de R$ 300 milhões, foi pago.
- Raul Aguirre, CEO do Bahia

- Não temos dívida. Os aportes do Grupo City não gera passivo, gera obrigação de retorno através de resultados esportivos e incremento de receitas. E esse ciclo virtuoso de um time vencedor e que se relaciona no mercado em um outro patamar - completou o dirigente.

Além da quitação das dívidas, a geração de receitas do Bahia também é importante elemento da construção da saúde financeira do clube. Ainda segundo o dirigente, o número passa de R$ 400 milhões "confortavelmente". Cerca de R$ 360 milhões desse total vêm apenas de origem operacional.

- Receitas do clube têm crescido a ritmo composto de 35%. No primeiro ano crescemos 24%; e esse ano vamos crescer 50%. Receitas operacionais projetadas em mais ou menos R$ 360 milhões. Se somar toda a parte de venda de atletas, vamos passar confortavelmente de R$ 400 milhões de receitas. Isso nos permite sonhar com outros voos.

Venda de atletas, aliás, é algo que o Tricolor feito com bastante êxito financeiro. Em levantamento divulgado na última segunda-feira pelo Gato Mestre, o Bahia é o clube com o nono maior valor arrecadado com saídas de jogadores: são R$ 84,2 milhões em 2025.

O dirigente também citou os ajustes nos planos de sócios como importantes na composição das receitas, que entraram em vigor em setembro do ano passado. Aguirre diz que os "ajustes nos planos visam o benefício dos sócios com a força econômica do clube".

No ano passado, em entrevista exclusiva ao ge, o diretor de operações e relações institucionais do clube Vitor Ferraz foi na mesma linha e afirmou que a mudança visava acompanhar o ritmo de investimento dos outros clubes do Brasil.

- O futebol brasileiro passa por um momento de ampliação geral de investimentos e, para podermos acompanhar esse movimento, precisamos incrementar todas as receitas do clube - explicou Ferraz em agosto de 2024.

Sobre os resultados atingidos até aqui, Aguirre afirmou que estão acima das metas estabelecidas anteriormente.

- Estamos mais ou menos um ano adiantado no projeto. Isso naturalmente chama atenção - concluiu Aguirre.

Ge
https://ge.globo.com/ba/futebol/times/bahia/noticia/2025/06/10/ceo-do-bahia-diz-que-toda-a-divida-do-clube-esta-paga-e-projeta-receita-de-r-400-milhoes-em-2025.ghtml