Pela primeira vez em sua história, a Seleção Brasileira poderá usar um uniforme oficial vermelho. A informação foi revelada nesta segunda-feira, dia 28, pelo Footy Headlines. Segundo esse site inglês, especializado em esportes e camisas de times, a equipe brasileira usará a cor vermelha no seu modelo reserva no próximo Mundial, em 2026, na América do Norte.
A camisa nº 2, tradicionalmente azul, conterá o selo da Jordan, e não da Nike - que é fornecedora do time de futebol masculino do País desde 1996. A produção deste uniforme também ficaria à cargo da Jordan, e não da parceira oficial Nike. Não é a primeira vez que a grife promove uma ação com o escrete canarinho. Em 2016, a própria Nike lançou uma camisa de Neymar Jr. em parceria com o Air Jordan.
Ainda de acordo com o Footy Headliners, a camisa vermelha da seleção estará disponível em março de 2026, no ano do Mundial que será disputado nos Estados Unidos, México e Canadá.
A cor nem foi tanto o problema na Confederação Brasileira de Futebol, como apurou o blog de Diogo Dantas, de O Globo. Mas sim o fato de o novo uniforme substituir a camisa dois, azul, e não ser uma camisa três. Segundo o jornalista, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, teria concordado com a estratégia da Nike.
Quem defendia a camisa vermelha nos bastidores da CBF como terceiro uniforme argumentava que com as três em uso não haveria polêmica, pois a seleção poderia escolher a que usar antes de cada partida. A tese foi voto vencido.
Segundo apuraram os colunistas Rodrigo Mattos e Igor Siqueira, do UOL, o martelo só será batido em definitivo sobre o novo modelo no meio do ano, em reunião entre a CBF e a Nike. Procurada, a entidade não retornou à reportagem do site:
Em uma abordagem mais política, Juca Kfouri escreveu nesta segunda-feira, dia 28, no UOL:
"Só pode ser especulação de mau gosto mercadológico. Até porque se a camisa amarela tem estimulado tola polarização política, a vermelha só a fará aumentar. O problema da seleção está longe de ser a cor da camisa. A questão está mesmo é nas três letras: CBF", escreveu ele, em crítica à direção da entidade.
Enquanto isso, a polarização que Juca Kfouri cita já está no ar. A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN), postou em suas redes sociais foto com uma camisa vermelha e o número 13. "Acho que gostei dessa história da camisa vermelha da seleção". O post viralizou com mais de oito mil curtidas e quase três mil comentários de eleitores contra e a favor do novo uniforme reserva da seleção.